“Gostaríamos de prestar homenagem a todas as famílias afetadas pela devastação emocional e material provocada pelos fogos e fazer um minuto de silêncio pelas mais de 100 pessoas que perderam as suas vidas, naquele que foi um dos piores anos da história moderna em Portugal”, justificou uma das dirigentes, Diana Gomes, em declarações à agência Lusa.
A escolha do local é “simbólica”, pretendendo a vigília, marcada para as 15:00 horas, ser apenas “um gesto para lembrar os que perdemos e reflectir em como podemos evitar tais tragédias no futuro”.
A associação foi formada no ano passado por um grupo de portugueses na sequência dos incêndios de outubro no centro de Portugal, dos quais resultaram 50 pessoas e 70 feridas, que se somaram aos 66 mortos e 253 feridos do fogo em Pedrógão Grande e municípios vizinhos em junho.
Muitos dos elementos são atualmente residentes no Reino Unido mas são originários de localidades afetadas, como Leiria, Viseu, Oliveira de Frades, Coimbra e Penacova, onde eram bombeiros voluntários.
Depois de um jantar de angariação de fundos em 2017, tem mantido actividade sobretudo na rede social Facebook [https://www.facebook.com/diasporaporportugalsemfogouk/].
“As nossas publicações focam-se nos factos relativos à problemática dos incêndios, e o objetivo é contribuir para a maior consciencialização de todos para os comportamentos de risco, principalmente tendo em conta que as alterações climáticas, cada vez com efeitos mais visíveis, tornam as nossas florestas ainda mais vulneráveis”, referiu Diana Gomes.
Entretanto, a DPSF – UK está a tentar ser reconhecida como associação sem fins lucrativos aqui no Reino Unido para, com esse estatuto, avançar com projectos mais ambiciosos.
“Um dos quais já em progresso, na área da prevenção e sensibilização para o problema dos incêndios, passa por organizar e coordenar um projecto-piloto entre escolas em Portugal e na Grécia, para começar. O projeto consiste em dar oportunidade aos jovens e crianças portuguesas e gregas de trocar cartas, em que poderiam relatar os acontecimentos e sentimentos espoletados pelos fogos que devastaram parte dos seus países em 2017 e neste verão”, revelou.
O uso de tecnologias inteligentes numa prevenção mais eficaz de incêndios é outra área para a qual a associação pretende contribuir.
“Apesar de já este ano termos visto o resultado dos maiores esforços reunidos até ao momento, pelos cidadãos e organismos públicos, é preciso continuar a apostar na prevenção dos incêndios, na operacionalidade dos sistemas de alerta e emergência”, vincou a portuguesa.
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