O Governo britânico disse que as sanções, impostas em conjunto com o Canadá, visam condenar violações dos direitos humanos de figuras da oposição, meios de comunicação e a população da Bielorrússia na sequência de eleições fraudulentas.
Segundo o Governo de Boris Johnson, Lukashenko ignorou os apelos da comunidade internacional e recusou dialogar com a oposição, mantendo a repressão contra os manifestantes, centenas dos quais têm sido sujeitos a tortura e maus-tratos pela polícia.
As sanções incluem proibição de viagens e congelamento de bens de oito indivíduos do regime bielorrusso, incluindo Alexander Lukashenko, o filho Victor Lukashenko e Igor Sergeenko, chefe de gabinete do Presidente.
“Hoje, o Reino Unido e o Canadá enviaram uma mensagem clara, impondo sanções contra o regime violento e fraudulento de Alexander Lukashenko. Não aceitamos os resultados destas eleições fraudulentas. Nós responsabilizamos os responsáveis pela violência contra o povo bielorrusso e defendemos os nossos valores de democracia e direitos humanos”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab.
O chefe da diplomacia britânica tinha adiantado na semana passada estar a coordenar esforços também com os Estados Unidos sobre estas sanções, mas os EUA não foram mencionados neste anúncio.
Centenas de milhares de bielorrussos têm protestado desde a eleição presidencial de 09 de agosto, cujos resultados oficiais estenderam o mandato de 26 anos de Alexander Lukashenko, atribuindo-lhe 80% dos votos. A sua principal rival, Svetlana Tsikhanovskaya, obteve 10%.
A oposição diz que houve fraude e os Estados Unidos e a União Europeia consideraram que o escrutínio não foi livre nem justo.
Alexander Lukashenko iniciou formalmente o seu sexto mandato na quarta-feira, após uma cerimónia de posse que não foi anunciada.
A União Europeia, a Alemanha, os Estados Bálticos, a Polónia e os Estados Unidos já indicaram não reconhecer Lukashenko como Presidente legitimamente eleito da Bielorrússia.
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