“É inconcebível que o Reino Unido não forneça apoio à Finlândia e Suécia se alguma vez forem atacados, mesmo sem a existência de um acordo formal” de ajuda militar, disse Wallace em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo finlandês Antti Kaikkonen, na cidade finlandesa de Niinisalo.
Os dois ministros observaram exercícios militares das Forças Armadas finlandesas nesta localidade do oeste do país, onde também participaram tropas dos Estados Unidos, Reino Unido, Estónia e Letónia.
Wallace reafirmou o apoio do Reino Unido a um possível pedido de adesão à NATO da Finlândia e Suécia, que se encontram agora mais próximos desta opção na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, e apesar das advertências de Moscovo.
“Independentemente daquilo que aconteça face às aspirações da Finlândia em juntar-se à NATO, é algo que a Finlândia deve decidir livremente, e estamos aqui para apoiar a sua liberdade de decidir e não permitir que outra nação lhes diga como deve efetuar essa decisão”, afirmou.
Em paralelo, sublinhou que não pode conceber uma ausência de apoio do Reino Unido à Finlândia e Suécia, para além da situação em que se encontra o seu processo de adesão à NATO.
No entanto, Wallace não especificou qual o tipo de ajuda, limitando-se a referir que “o Reino Unido fará o que tiver a fazer para apoiar a Finlândia”.
Ao ser questionado se a integração da Finlândia e Suécia na NATO fornecerá mais segurança ou aumentará as tensões com a Rússia, Wallace assegurou que “as alianças significam segurança, e é isso que a história demonstra”.
No entanto, disse que a NATO “não está a provocar outros países”, mas antes a responder com firmeza a outras nações muito mais agressivas, como é neste caso a Rússia do Presidente Vladimir Putin”.
“Chegou o momento para que muitas zonas da Europa se apercebam de que Putin não é amigo, é um agressor que despendeu uma grande quantidade de tempo e dinheiro nas últimas décadas para enfraquecer os nossos princípios democráticos através e partidos políticos ultras ou com ameaças militares”, prosseguiu.
No momento em que os dois ministros presenciavam as manobras militares em Niinisalo, e de acordo com o Ministério da Defesa finlandês, um helicóptero militar russo violou o espaço aéreo do país próximo da fronteira comum, o segundo incidente no espaço de um mês.
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