A companhia anunciou que o seu voo diário de hoje tinha sido cancelado, tendo o mesmo já acontecido, na quinta-feira, uma decisão tomada depois de um avião comercial ucraniano se ter despenhado na quarta-feira perto de Teerão.
“Assim que tivermos informações detalhadas, decidiremos se e quando os nossos voos para o Irão poderão ser operados novamente”, informou hoje a Lufthansa num comunicado.
Um Boeing 737 da companhia Ukraine International Airlines (UIA) despenhou-se na quarta-feira em Teerão, matando 176 pessoas, na maioria iranianos e canadianos.
Autoridades norte-americanas, canadianas e britânicas declararam que é “altamente provável” que o Irão tenha abatido acidentalmente o avião civil, mas a Autoridade da Aviação Civil do Irão disse hoje ter a “certeza” que o Boeing “não foi atingido por um míssil”.
As autoridades iranianas anunciaram hoje que uma equipa canadiana de dez pessoas está “a caminho do Irão”, tendo ainda convidado a Boeing e a agência norte-americana para a segurança dos transportes (NTSB) a participarem na investigação.
A Ucrânia enviou para Teerão uma equipa de 45 investigadores para estudar as causas do desastre aéreo.
O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, numa operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.
Outras companhias aéreas já haviam cancelado voos para a região do Médio Oriente, como a Air France e a própria Lufthansa, ou alteraram as rotas dos seus aviões para não sobrevoarem o espaço aéreo iraniano, tais como a australiana Qantas ou a Malaysia Airlines, a Singapore Airlines, entre outras.
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