
Este tipo de opção é designado por “skiplagging” e acontece pelo facto de ser frequente existirem bilhetes para dois voos com valor inferior ao bilhete de um só voo. Num negócio cujos preços desceram vertiginosamente, este é mais um dos factos estranhos de explicar: as companhias oferecem voos diretos entre cidades mais pequenas a um preço mais elevado a pensar nos passageiros que não se importam de pagar mais para não fazer escala e voar direto. Mas, muitas vezes, esses voos não enchem, e é aí que as mesmas companhias os colocam como voos de ligação para passageiros que se dirigem a outros destinos.
Os prejuízos quando um passageiro não aparece na última etapa do voo decorrem de, por um lado, a receita ser mais baixa (não há consumo a bordo, por exemplo) e por outro torna mais difícil gerir os embarques, provocando atrasos - que custam bastante dinheiro.
A Lufthansa perdeu o primeiro round deste processo contra o cliente por violar os termos e condições da companhia, mas o tribunal autorizou agora o recurso da decisão. O cliente em causa, cuja identidade não foi revelada, embarcou em Seattle, nos Estados Unidos, com destino a Frankfurt e daí para Oslo.
Há alguns anos, a United Airlines e a Orbitz tentaram processar o criador de um site de skiplagging - mas o juiz considerou que não havia matéria para tal.
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