“Vocês sentiram na pele o peso do ódio que se abateu sobre o Brasil nesses últimos anos. Sofreram perseguições, ofensas, campanhas de difamação e até mesmo ameaças de morte — inclusive contra seus familiares”, disse o chefe de Estado brasileiro, numa alusão aos ataques sofridos pelos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) por parte da extrema-direita brasileira durante os quatros anos de mandato de Jair Bolsonaro como presidente do Brasil.

Lula da Silva frisou ainda que instituições e a democracia “saíram fortalecidas da tentativa de golpe” de 08 de janeiro de 2023, com “milhares de golpistas armados de paus, pedras, barras de ferro e muito ódio”.

“Hoje, celebramos a restauração da harmonia entre as instituições e do respeito à democracia”, disse, frisando que o objetivo agora tem de ser alcançar o crescimento económico, para poder reduzir as desigualdades que persistem no país.

Na mesma linha, o presidente do STF, Luís Barroso, congratulou-se pelo facto de já não ser preciso “gastar muito tempo a falar de democracia porque agora as instituições funcionam com a maior normalidade, numa convivência harmoniosa e pacífica”.

Na sede do STF em Brasília, para além das mais altas autoridades brasileiras, marcou ainda presença o agora ex-ministro da Justiça Flávio Dino, que deixou o Governo para se tornar juiz da mais alta instância judiciária do país, com a tomada de posse agendada para 22 de fevereiro.