“Eu vou ser candidato … até o dia em que um tribunal diga que eu não posso ser candidato”, disse o antigo chefe de Estado.

Lula da Silva foi condenado a nove anos e meio de prisão em julho pelos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais num dos processos em que é réu da Lava Jato, uma operação policial que investiga desvios cometidos na Petrobras e em outros órgãos públicos do Brasil.

Recorrendo desta primeira sentença em liberdade, o ex-chefe de Estado brasileiro reiterou que é inocente e disse que aguarda com tranquilidade o julgamento de um recurso apresentado pelos seus advogados de defesa, que será analisado num tribunal de segunda instância no próximo dia 24 de janeiro.

Aos jornalistas Lula da Silva reiterou que não queria “passar para a história como um inocente condenado” e que será absolvido.

Se a pena for ratificada, Lula da Silva estará automaticamente fora da disputa eleitoral em 2018 já que a lei brasileira proíbe condenados em segunda instância de concorrerem a cargos públicos eletivos.

No entanto, o ex-Presidente pode tentar usar brechas legais para se candidatar já que continua sendo líder em todas as pesquisas de intenção de voto realizadas no país.

A melhoria da imagem pública de Lula da Silva é outro fator que o pode levar a insistir em participar na eleição.

Uma pesquisa do Instituto Ipsos divulgada hoje pelo jornal O Estado de S.Paulo que destacou que o ex-chefe de Estado brasileiro tem a aprovação de 45% da população, melhor índice que alcançou desde que o seu nome começou a ser vinculado a escândalos de corrupção.