“Se estou melhor colocado para ganhar as eleições presidenciais e tenho uma boa saúde, sim, não duvido [que se recandidatará]. Acho que fui um bom Presidente. Fiz laços fortes com a Europa, América do Sul, África, Estados Unidos, China, Rússia. Durante o meu mandato, o Brasil converteu-se num ator mundial de envergadura”, disse o antigo presidente do Brasil entre 2003 e 2010.
O anúncio do líder progressista, numa antecipação da entrevista divulgada hoje pela Paris Match, antes de a revista chegar às bancas na quinta-feira, coincide com o momento de baixa popularidade do atual Presidente, Jair Bolsonaro, líder da extrema-direita brasileira.
Segundo uma sondagem do Instituto Datafolha divulgada na semana passada, Lula teria ampla vantagem numa primeira volta do sufrágio presidencial (41%) e venceria a Presidência do Brasil na segunda volta, com 55% dos votos contra Bolsonaro (32%).
O ex-sindicalista metalúrgico recuperou os seus direitos políticos há cerca de dois meses, quando o Supremo Tribunal Federal anulou as suas condenações no âmbito da operação Lava Jato, em Curitiba.
Desta forma, ficaram sem efeito as penas acumuladas de 26 anos que pesavam sobre o antigo presidente, por condenações por corrupção.
Lula, de 75 anos, não conseguiu concorrer às eleições de 2018 precisamente porque já estava condenado na ocasião. O antigo chefe de Estado chegou a passar um ano e sete meses na prisão, até ser libertado em novembro de 2019.
Apesar de as condenações de Lula terem sido anuladas e de voltar a estar elegível, isso não significa que o antigo presidente brasileiro tenha sido inocentado já que os casos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que os vai reavaliar e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos anulados.
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