O evento chamado movimento “Vamos Juntos pelo Brasil” reunirá uma coligação progressista de esquerda composta por movimentos sociais e partidos políticos que apoiam o ex-presidente, mas não será um lançamento oficial da campanha presidencial já que a justiça eleitoral brasileira determina que eventos oficiais com pedido de voto devem começar apenas em agosto.
Haverá pronunciamentos de Lula da Silva, do ex-governador Geraldo Alckmin – indicado para ser vice-presidente na candidatura do ex-presidente -, além de lideranças do PT, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Solidariedade, Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Verde (PV) e a Rede.
A intervenção de Alckmin deverá ser por videoconferência já que testou positivo para a covid-19.
Lula da Silva governou o Brasil entre 2003 e 2010, deixou o comando do país como o Presidente mais popular desde a redemocratização com mais de 80% de aprovação, mas viu sua trajetória política sofrer um grande revés a partir de 2013 quando o Governo de sua indicada política, a ex-presidente Dilma Rousseff, começou a ser contestado pela opinião pública e manifestações de rua.
Em 2016 o ex-presidente passou a ser acusado pelos promotores que participaram da operação Lava Jato como suposto líder de uma alegada organização criminosa que teria atuado em esquemas de corrupção na Petrobras e outras empresas e órgão públicos do país.
Lula da Silva foi condenado por corrupção em 2017 pelo então juiz Sérgio Moro, num processo da Lava Jato, em que foi considerado culpado de receber um apartamento de luxo como suborno pelo qual passou 580 dias preso, tendo sido libertado em 2019 após o Supremo Tribunal Federal (STF) considerar que foi julgado por um juiz suspeito e parcial, posição reiterada na semana passada pelo Comité de Direitos Humanos da ONU.
Atualmente o ex-presidente brasileiro lidera todas as sondagens sobre intenção de voto com mais de 40% do apoio declarado dos eleitores brasileiros, à frente do atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro, que tentará a reeleição e regista cerca de 30% de apoio.
O Brasil elegerá seu próximo Presidente em outubro, num pleito em que também serão escolhidos os governadores do 27 estados do país, membros das câmaras legislativas estaduais, e membros da câmara alta e da câmara baixa do parlamento.
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