Os resultados da iniciativa foram hoje apresentados na Fundação Gulbenkian, instituição responsável pelo desafio “STOP Infeção Hospitalar!”, e no final da cerimónia foi assinado um protocolo com o Governo, no sentido de transferir para a Direção Geral da Saúde as práticas do trabalho, desenvolvido nos últimos três anos pela mão da Gulbenkian.
“Nunca Portugal tinha alcançado resultados tão positivos numa batalha como esta”, disse o ministro aos jornalistas. Momentos antes, na sessão de encerramento da apresentação da iniciativa, já tinha considerado como “históricos” os resultados alcançados.
As infeções hospitalares e as bactérias resistentes são “uma ameaça mundial”, disse o ministro, lembrando que Portugal tem das mais elevadas taxas de infeção hospitalar.
O Presidente da República, que encerrou a cerimónia, afirmou também ser “inequívoco que as infeções hospitalares são um grave problema de saúde pública”, que colocam em causa a qualidade da prestação de cuidados, que aumentam o tempo de internamentos e provocam mais óbitos.
O desafio “Stop Infeção Hospitalar!” foi apresentado em março de 2015 na Gulbenkian, em Lisboa, propondo-se reduzir em 50% quatro tipos de infeções hospitalares e assim poupar vidas, diminuir o número de dias de incapacidade por doença, poupar o sofrimento dos doentes e famílias e poupar os consumos, como lembrou a presidente da Gulbenkian, Isabel Mota.
Em 2014 Portugal tinha quase o dobro das infeções hospitalares que a média dos países europeus.
Passados três anos a trabalhar com 19 hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e com mais de 240 profissionais os resultados foram hoje apresentados.
As infeções associadas a cateter vesical (algália) diminuíram 51% e as associadas a cateter vascular central decresceram 56%. Depois há menos 51% de pneumonias associadas à intubação; menos 55% de infeções nas cirurgias de prótese da anca e do joelho e menos 52% de infeções associadas às cirurgias à vesícula.
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