“A nossa luta de libertação nacional não foi apenas um confronto armado, mas uma busca incessante pela dignidade, autodeterminação e justiça”, afirmou José Ramos-Horta, numa mensagem por ocasião do Dia da Memória, que assinala a invasão indonésia de Timor-Leste, a 7 de dezembro de 1975.

Naquele trajeto, segundo o chefe de Estado, os timorenses testemunharam a “força do espírito humano, a solidariedade entre irmãos e irmãs”, que enfrentaram “desafios inimagináveis”.

“Hoje, recordamos não apenas a agressão que enfrentamos, mas a resistência corajosa, que emergiu. Lembramos aqueles que, diante da opressão, escolheram resistir” e que “mantiveram viva a chama da esperança e liberdade”, salientou o também Prémio Nobel da Paz em 1996.

O Presidente salientou que a construção do país continua e que os desafios podem ser diferentes, mas que a “coragem” que guiou os timorenses deve continuar “incólume” nos seus corações.

O chefe de Estado pediu também aos timorenses para continuarem a defender os princípios pelos quais lutaram e que o legado da luta de libertação os “inspire a enfrentar o futuro com resiliência e otimismo”.

“Unidos, como uma nação soberana, continuaremos a moldar a nossa história com determinação, amor pela pátria e um compromisso inabalável com a liberdade”, concluiu José Ramos-Horta.

Timor-Leste declarou unilateralmente a independência a 28 de novembro de 1975, e nove dias depois, a 07 de dezembro de 1975, a Indonésia inicia a ocupação do país com “especial tragédia e violência no porto de Díli”, lembrou José Ramos-Horta.

No local, foi inaugurado em 2020, um memorial pelo Centro Nacional Chega.

A restauração da independência aconteceu a 20 de maio de 2002, após a realização de um referendo, a 30 de agosto de 1999, em que os timorenses rejeitaram a autonomia proposta pela Indonésia e escolheram a independência.