Num esclarecimento enviado à Lusa, o Centro Hospitalar de Lisboa Central, que integra a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), admitiu que as perturbações na urgência obstétrica se prendem "com a capacidade de resposta e o número de profissionais nas equipas médica e de enfermagem".

De acordo com a MAC, a normalidade na urgência deve ser reposta ainda hoje.

Segundo avança a edição online do jornal Expresso, a MAC informou hoje o INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) que só pode receber grávidas em verdadeira emergência, já que o protesto de zelo dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia obrigou a que a assistência a grávidas seja feita por médicos, e estes são insuficientes para responder a todas as solicitações.

O Centro Hospitalar afirma que, nestes casos, “recorre ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para que se proceda a um normal atendimento das grávidas, evitando quaisquer falhas" e refere tratar-se de um "procedimento de gestão, normal, que ocorre sempre que há necessidade de colmatar este tipo de situações".

Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica estão, desde o início do mês, em protesto contra o não pagamento dos seus serviços especializados, assegurando apenas cuidados indiferenciados de enfermagem.

O Ministério da Saúde já reconheceu que a compensação financeira aos enfermeiros especialistas é legítima, mas adiou qualquer decisão sobre a matéria para setembro, explicando que tal medida só pode ser tomada depois de conhecidos os reais impactos das regras de descongelamento de carreiras.

Na quinta-feira passada, os enfermeiros especialistas em saúde materna decidiram marcar uma greve de 31 de julho a 4 de agosto.

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