As autoridades deram orientações às empresas de transportes públicos para servirem a população com mais autocarros, de forma a permitirem o seu regresso a casa, num momento em que preveem a emissão do terceiro alerta mais grave de tufão nas próximas horas.
O sinal 8 de tempestade tropical implica o encerramento de parques de estacionamento, das pontes entre a península de Macau e a Taipa, e à suspensão dos transportes públicos e das ligações marítimas e aéreas.
Razão pela qual as autoridades avisaram a população para o facto de todas as linhas de autocarro serem suspensas 20 minutos antes de ser içado o sinal 8, o que pode acontecer pelas 22:00 (15:00 de Lisboa).
Espera-se que na madrugada e manhã de quarta-feira ocorram inundações graves nas zonas baixas da cidade, nomeadamente na área do Porto Interior, prevendo-se que a altura da água se situe entre um e 1,5 metros, o que motivou as autoridades a emitirem o nível laranja de ‘storm surge’.
Desde 2018 que Macau criou 17 abrigos prontos para acolher pessoas a partir deste alerta, que não obriga à evacuação obrigatória destas zonas mais atingidas, habitualmente. Elementos da proteção civil, contudo, foram destacados para o local, de forma a garantir apoio às pessoas que queiram abandonar estas zonas.
O ‘storm surge’, ou maré astronómica, é a subida anormal do nível da água quando uma tempestade tropical se aproxima das áreas costeiras, podendo causar inundações em zonas baixas.
A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, que são emitidos tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos.
Para este ano, as autoridades de Macau disseram prever quatro a seis tempestades tropicais no território em 2020, algumas delas podendo mesmo “atingir o nível de tufão severo ou super tufão”.
Em setembro de 2018, a passagem do tufão Mangkhut por Macau deixou prejuízos económicos diretos e indiretos no valor de 1,74 mil milhões de patacas (180 milhões de euros).
O Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território, onde o sinal máximo de tempestade tropical esteve içado várias horas. Ao todo, as autoridades retiraram 5.650 cidadãos das zonas baixas e 1.346 pessoas recorreram aos centros de abrigo de emergência.
Um ano antes, o tufão Hato (posteriormente denominado de Yamaneko pelas autoridades locais), apesar de se caracterizar pela mesma intensidade do Mangkhut, causou 10 mortos, 240 feridos e prejuízos avaliados em 12,55 mil milhões de patacas (1,32 mil milhões de euros).
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