“Muitos residentes, sobretudo estudantes, têm de regressar a Macau, e há pessoas retidas em Macau que querem regressar aos seus países de origem, através do aeroporto de Hong Kong”, disse a secretária para os Assuntos Sociais e a Cultura, durante a conferência de acompanhamento da situação da covid-19 no território.
O serviço de transporte especial vai ser feito através de ‘ferries’ fretados e deverá realizar-se entre 17 de junho e 16 de julho, em conjugação com as autoridades de Hong Kong, anunciou a governante.
Entre as pessoas retidas em Macau, por causa das restrições de viagens instauradas para combater a propagação do novo coronavírus, estarão pelo menos duas dezenas de portugueses, disse hoje à Lusa o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong.
As autoridades de Macau precisaram que haverá dois ‘ferries’ por dia, às 9:00 e às 19:00, entre Macau e Hong Kong, sublinhando que o corredor especial de transporte só poderá ser utilizado por quem tenha voo marcado entre 16 de junho e 17 de julho, com hora prevista de partida entre as 14:00 e as 23:00, “sem poderem passar a noite no aeroporto”.
As autoridades também informaram que as pessoas que queiram sair de Macau devem fazer o registo no aeroporto de Hong Kong com 48 horas de antecedência.
Além do corredor especial entre Macau e Hong Kong, as autoridades informaram ainda que vão permitir, a partir de 11 de junho, a circulação com a cidade vizinha de Zhuhai, no continente chinês, “por razões de serviço, comércio ou outros motivos” de urgência, a apreciar caso a caso.
Os residentes em Macau provenientes de Zhuhai não estarão sujeitos a observação médica, precisaram, mas terão de apresentar um teste negativo de ácido nucleico.
A partir de 11 de junho, os residentes de Macau que preencham as condições definidas para viajarem para Zhuhai “podem apresentar o pedido ‘online’ no sistema de saúde, que notificarão os requerentes para que possam efetuar o teste de ácido nucleiro num dia designado”, informou a secretária dos Assuntos Sociais.
As autoridades anunciaram ainda que 40 creches subsidiadas vão poder reabrir a partir de 11 de junho, para receber “crianças de famílias com dificuldades para cuidar delas”.
Macau foi dos primeiros territórios a identificar casos de infeção com a covid-19, antes do final de janeiro. O território registou então uma primeira vaga de dez casos. Seguiu-se outra de 35 casos a partir de março, todos importados, uma situação associada ao regresso de residentes, muitos estudantes no ensino superior em países estrangeiros.
Macau está sem registar novos casos desde 09 de abril e atualmente não tem qualquer caso ativo, depois de o último paciente ter recebido alta hospitalar, a 19 de abril.
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