De acordo com o jornal Le Figaro, Emmanuel Macron aceitou a demissão de Gabriel Attal e de todos os ministros, que agora asseguram "o tratamento da atualidade até à nomeação de um novo governo" em França.

"Para que este período termine o mais rapidamente possível, cabe às forças republicanas trabalharem em conjunto para construir uma unidade em torno de projetos e ações ao serviço do povo francês", é referido num comunicado da Presidência da República francesa.

Logo após o resultado das eleições francesas, Gabriel Attal anunciou a sua demissão, a 7 de julho.

Não existe um prazo definido para que Macron nomeie um novo primeiro-ministro, na sequência da segunda volta das eleições legislativas que deram a vitória, sem maioria, à coligação de esquerda Nova Frente Popular, à frente dos partidos que apoiam Macron.

Na primeira volta, em 30 de junho, o partido de extrema-direita conseguiu vencer pela primeira vez as eleições legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.

Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI), partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon), com 28%. O Ensemble (Juntos) obteve 20%.

As legislativas francesas foram convocadas por Macron, após a derrota do seu partido e a acentuada subida da União Nacional nas eleições para o Parlamento Europeu de 9 de junho. A escolha de um novo executivo deveria ocorrer apenas em 2027.