Os dois dirigentes sublinharam, num comunicado divulgado pela Presidência francesa, que a solução deste conflito - que se iniciou em 2014 na região de Donbass entre o exército ucraniano e milícias separatistas pró-russas pelo controlo do território – só pode ser “pacífica”.
Macron e Merkel reafirmaram o seu apoio “ao pleno respeito pela soberania e a integridade territorial da Ucrânia” e o seu compromisso com a aplicação completa dos acordos de Minsk, assinados em fevereiro de 2015 pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Petro Poroshenko.
As partes devem, segundo os líderes, "assumir as suas responsabilidades" e "implementar o mais rapidamente possível as decisões já aprovadas para aliviar o sofrimento das populações mais afetadas pela atual situação".
Macron e Angela Merkel apelam à "aplicação imediata" do "acordo alcançado no Grupo de Contacto trilateral para libertar até 380 prisioneiros de ambos os lados da linha de contacto", que constituiriam "um grande avanço na implementação dos acordos de Minsk”.
Ambos também encorajam as partes a continuar os seus esforços para facilitar o intercâmbio de todos os prisioneiros remanescentes, permitir ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) acesso a todos os detidos e facilitar a procura de pessoas desaparecidas pelo CICV", afirmou o comunicado.
Os dois líderes "também apelam ao retorno dos oficiais russos ao Centro Conjunto de Controlo e Coordenação (JCCC), que desempenha um papel muito importante no apoio aos observadores da OSCE e no acompanhamento dos acordos de cessar-fogo".
A União Europeia (UE) estendeu esta semana, por seis meses, as sanções económicas contra a Rússia pelo seu alegado envolvimento no conflito, que divide o leste da Ucrânia há mais de três anos e meio.
A UE decidiu pelas sanções no verão de 2014, no auge da crise da Ucrânia, alguns meses após a anexação da Crimeia pela Rússia, seguida pela ofensiva dos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia.
O conflito, que recentemente experimentou um reacendimento, já provocou 10.000 mortos. Kiev e os países ocidentais acusam a Rússia de apoiar os rebeldes separatistas, inclusivamente fornecendo-lhes armas, o que Moscovo nega categoricamente.
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