O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, confirmou hoje à televisão BFMTV a visita de Estado de Macron aos Estados Unidos, mas sem adiantar uma data específica.

A agência de notícias francesa France-Presse, que cita “várias fontes diplomáticas”, adianta que o Presidente norte-americano decidiu convidar, em finais de janeiro, o seu homólogo francês para uma visita oficial à Casa Branca. Trump foi recebido por Macron em Paris a 13 e 14 de julho.

Macron deverá visitar Washington a 23 e 24 de abril, adianta a AFP, acrescentando que o presidente de França também deverá fazer uma passagem por Nova Orleães (Louisiana, sul dos Estados Unidos), cidade que festeja o seu tricentenário.

O Louisiana (e Nova Orleães) tem forte influência francesa, pelo que a AFP escreve que Macron poderá aproveitar para abordar o tema da francofonia.

Trata-se da primeira visita de Estado aos Estados Unidos em mais de um ano de presidência de Trump.

Uma visita de Estado – a mais importante forma de receber um chefe de Estado estrangeiro – implica, entre várias outras honras de Estado, uma cerimónia na Casa Branca.

Emmanuel Macron e Donald Trump têm em comum o facto de terem chegado à presidência dos respetivos países não sendo políticos de carreira.

Ambos mantêm relações amistosas, ainda que pontuadas por divergências em vários campos, em especial no tema do Clima e Ambiente, uma vez que os Estados Unidos decidiram abandonar os Acordos de Paris sobre Alterações Climáticas em junho último.

Em julho passado, em Paris, Macron brindou Trump com um jantar de Estado na Torre Eiffel, convidando-o também para assistir no dia seguinte ao tradicional desfile militar do Dia da Bastilha (14 de julho, o dia nacional de França) nos Campos Elísios. Segundo a AFP, Trump afirmou na altura que organizaria um desfile semelhante em Washington.

Em finais do mês passado, Emmanuel Macron reafirmou numa entrevista à cadeia de televisão suíça RTS a sua “amizade” pelo Presidente americano, bem como a importância estratégica desta aliança.

“Esta relação pessoal (com Trump) é muito forte para mim, estou muito ligado a ele. E os Estados Unidos são um parceiro nosso” na luta contra o terrorismo, sobre o futuro da Síria ou quanto à paz no Médio Oriente.

“Se nos zangarmos com eles, já não poderemos agir”, sublinhou.