"Não declarámos guerra ao regime de Bashar al-Assad", afirmou Macron numa entrevista com os jornalistas franceses Jean-Jacques Bourdin e Edwy Plenel, depois do seu país, juntamente com Estados Unidos e Reino Unido, ter realizado bombardeamentos precisos na Síria.

Macron, que defendeu a "legitimidade" dos bombardeios contra os três alvos ligados ao programa de armamento químico, elogiou a operação no plano militar.

"As suas capacidades de produção de armas químicas foram destruídas", assegurou o presidente em referência ao suposto arsenal que o governo de Bashar al-Assad detém.

O presidente francês também assegurou que "convenceu" o presidente americano, Donald Trump, a "permanecer a longo prazo" na Síria.

"Há 10 dias o presidente Trump dizia que os Estados Unidos consideravam deixar a Síria (...), mas nós convencemo-lo de que era necessário permanecer a longo prazo", declarou Macron.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas afirmou ontem que vai manter o inquérito ao alegado ataque de armas químicas, que a 7 de abril, provocou mais de 40 mortos e 500 feridos, apesar do ataque conjunto dos EUA, França e Reino Unido contra a Síria.

A missão recebeu um convite do Governo sírio, sob pressão da comunidade internacional, que nega a autoria do ataque.

Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido realizaram na madrugada de sábado uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghuta Oriental, por parte do Governo de Bashar al-Assad.