A guerra na Ucrânia é uma ameaça "existencial para a nossa Europa e para França", disse Macron durante uma entrevista às emissoras France 2 e TF1.

Em fevereiro, o presidente francês causou controvérsia nacional e internacional ao não descartar o envio de tropas para a Ucrânia, uma opção rejeitada pela maioria dos franceses.

Para esclarecer a sua posição, o chefe de Estado da única potência nuclear da União Europeia (UE) aceitou participar numa entrevista em televisão em horário nobre.

"Nunca passaremos à ofensiva, nunca tomaremos a iniciativa" de combater a Rússia, mas não se devem "descartar opções", disse o presidente de 46 anos.

Se a Rússia do presidente Vladimir Putin "vencer a guerra", "não teremos mais segurança" na Europa e a "credibilidade" do continente "será reduzida a zero", acrescentou.

Portanto, face a "escalada" de Moscovo, "devemos dizer que estamos prontos para responder", acrescentou Macron.

"Se a situação se deteriorar, devemos estar prontos e estaremos prontos para tomar as decisões necessárias para que a Rússia nunca vença" na Ucrânia, afirmou.

A "segurança" dos franceses depende da "derrota da Rússia" na Ucrânia, argumentou, dizendo que aqueles que "impõem limites" ao apoio à Ucrânia "estão a escolher a derrota".

A Rússia lançou em fevereiro de 2022 uma invasão da Ucrânia e, após vários revezes, conseguiu recuperar a iniciativa nas últimas semanas.

Putin descreve o conflito como uma guerra contra as potências ocidentais, na qual a Rússia joga a sua sobrevivência.

A guerra na Ucrânia será o foco da reunião prevista para sexta-feira em Berlim entre Macron e os chefes de governo da Alemanha, Olaf Scholz, e da Polónia, Donald Tusk.