“Acho que vai estar pronto, nem que se trabalhe dia e noite”, disse Miguel Albuquerque aos jornalistas, no decorrer de uma visita que efetuou às obras de beneficiação, correção e regularização na Ribeira Brava.

Este foi um projeto realizado numa zona afetada pelo temporal de 20 de fevereiro de 2010, que representou um investimento na ordem dos 4,5 milhões de euros, realizado ao abrigo da Lei de Meios, criada para fazer face aos prejuízos materiais provocados pela aluvião e avaliados num total de 1.080 milhões de euros.

O governante madeirense rejeitou que existam “polémicas” devido a atrasos no concurso das iluminações de Natal, salientam que é necessário que sejam “cumpridas as regras”, nomeadamente a que dá “possibilidade dos diversos concorrentes reclamarem”.

Segundo o responsável insular, é igualmente necessário aguardar pelo “imperativo legal do visto do Tribunal de Contas”.

“Todos os anos, quer o fogo, quer as iluminações, são causa de 'stress' para os titulares do Governo, porque são obras que têm um horizonte temporal limitado e têm de ser executadas”, sublinhou Miguel Albuquerque, declarando que o executivo está agora a “aguardar o visto do Tribunal de Contas” no contrato de adjudicação.

O chefe do executivo insular apontou que “o bom é inimigo do ótimo”, visto que todos defendem a “transparência, a segurança jurídica, a igualdade de oportunidade entre concorrentes”, sendo, por outro lado, necessário “cumprir os prazos”.

“E todos os anos gera uma situação complicada para o Governo e a Região porque são algo imprescindível para o fim do ano e população”.

Em 2016, o Governo Regional da Madeira investiu cerca de 1,8 milhões de euros nas tradicionais iluminações de Natal e final do ano na Madeira, um dos mais importantes cartazes turísticos do arquipélago. Sobre a obra visitada na Serra de Água, no concelho da Ribeira Brava, na zona oeste da ilha da Madeira, Miguel Albuquerque informou que foi efetuada uma canalização com meio quilómetro do canal de água para “garantir a segurança da população ali residente”, estando previstas outras intervenções naquela localidade.

“Ainda temos obras a fazer” no âmbito da recuperação do temporal que devastou a Madeira em 2010, que provocou quase meia centena de mortos, centenas de desalojados e avultados danos materiais, enunciando que as próximas intervenções estão programadas para as obras de canalização chegarem até à foz na Ribeira Brava, outra na Madalena do Mar, na Tabua e ainda diversas que “têm a ver com consolidações de escarpas que exigem muito dinheiro”.