“O Governo Regional deixou aquelas pessoas desamparadas e é preciso melhorarmos aquela situação urgentemente”, disse à Lusa o candidato após uma ação da campanha eleitoral no bairro social da Camacha, nas zonas altas do concelho de Santa Cruz, contíguo a leste do Funchal.
Passados vários meses desde a campanha para as anteriores legislativas regionais, em setembro do ano passado, a candidatura “verificou que as promessas do Governo Regional não passaram sequer da boca” depois da tomada de posse.
“Nós temos as mesmas casas com os mesmos problemas, ainda mais degradadas, porque já passaram mais de seis meses, e aquelas pessoas não têm as condições mínimas para viverem nessas habitações”, alertou.
O também dirigente regional do MPT considerou ser uma prioridade “resolver os problemas dos bairros sociais que estão fora do centro da capital da Madeira”, o Funchal, e essa será uma das missões do partido se entrar no parlamento regional.
No caso da Camacha, é preciso, segundo Válter Rodrigues, “fazer uma remodelação completa”, que envolva a climatização das casas, por esta ser uma zona muito fria e húmida.
O MPT não conseguiu eleger qualquer deputado nas últimas eleições regionais, em 24 de setembro de 2023, tendo obtido 696 votos (0,53%).
O partido teve um deputado na Assembleia da Madeira entre 2011 e 2015, e mantém a meta de regressar ao parlamento.
Diz estar aberto a entendimentos, excluindo com o PSD, que, no seu entendimento, “está a tapar muita coisa”.
As legislativas da Madeira decorrem em 26 de maio, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.
O PSD sempre governou no arquipélago e venceu com maioria absoluta 11 eleições entre 1976 e 2015. Nos dois últimos mandatos, também o CDS integrou o executivo.
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