Um dos projetos do executivo insular é “criar um Conselho Permanente para a Economia da Madeira” para “auscultar as empresas e tomar medidas em consonância”, disse o social-democrata Miguel Albuquerque.
O chefe do executivo madeirense falava durante a visita que fez hoje a uma empresa de comunicação e publicidade, no âmbito da iniciativa ‘Roteiro da Economia’, que o Governo da Madeira vai desenvolver ao logo deste ano junto de várias empresas da região, e na qual se fez acompanhar pelo secretário da Economia e parceiro da coligação, o centrista Rui Barreto.
“Este roteiro visa auscultação das empresas e aproximação do Governo [Regional] às empresas e agentes económicos”, explicou o líder madeirense, salientando que esta iniciativa “é fundamental para perceber quais os obstáculos, desafios e perspetivas do futuro para generalidade das empresas da Madeira”.
Sobre o Conselho Permanente para a Economia da Madeira”, disse que o objetivo é “auscultar as empresas e tomar medidas em consonância”.
O responsável apontou que o executivo insular pretende “proporcionar todas as condições” para que as empresas possam apostar no “alargamento dos horizontes dos mercados, garantir que têm capacidade de gerar mais empregos para a população”, desenvolvendo a economia.
O governante salientou ser uma “realidade constatável” que as empresas da Madeira têm capacidade de chegar aos mercados nacionais e internacionais, como acontece com as da área tecnológica e industrial.
“Mas, temos constatado que existe um conjunto de dificuldades a nível logístico e criação de escala, e custos de transporte entre a Madeira e continente”, referiu.
Para colmatar a situação, Miguel Albuquerque anunciou que “uma das ideias é criar um fundo, meios para apoiar as empresas na área da exportação”, para que consigam “conquistar e colocar os seus produtos nos mercados a custos acessíveis”.
Também, realçou que é necessário fomentar uma “adaptação da formação profissional a nível das empresas”, defendendo que estas devem ser parceiras nesta área para garantir que os seus colaboradores tenham as competências “em conformidade com as necessidades”.
“Diminuir os custos de contexto [burocracias muitas vezes desnecessária que acarretam custos desnecessários], a redução progressiva da fiscalidade, apostar em novas modalidades para incentivar jovens empreendedores, criar ligação em rede a outros mercados, como o nacional e o da diáspora, nos quais “os produtos da Madeira são queridos”, são outras das medidas que preconizou.
O governante madeirense ainda destacou que três áreas importantes para a economia insular, nomeadamente o facto de três das maiores empresas tecnológicas estarem a operar na Madeira, tendo sido criadas e desenvolvidas por empresários da região, onde estão sedeadas.
Na sua opinião, a agricultura e pescas são outras atividades com futuro e crescimento, tendo o setor agrícola gerado 61 ME e a piscícola 21 ME, em 2019.
“A Madeira tem possibilidades, vamos demonstrar através de empresas, de apostar na industria e começa a apostar em novos mercados”, concluiu.
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