À margem da cerimónia do 156.º aniversário da Polícia de Segurança Pública (PSP), que hoje decorreu na sede nacional em Lisboa, José Luís Carneiro respondeu às exigências de melhorias salariais dos sindicatos, na base dos protestos agendados para a JMJ, com a previsão de um aumento médio de 20% na remuneração dos polícias até 2026, momentos depois de o próprio diretor-nacional da PSP, Magina da Silva, ter defendido no seu discurso a urgência de rever salários face ao contexto atual.

Sublinhando que não se pode realizar todo o investimento “de uma só vez”, José Luís Carneiro lembrou que as matérias reivindicadas pelos sindicatos das polícias continuam em processo negocial com o Governo, rejeitando ceder a pressões como os protestos agendados.

“Nós não podemos atuar sob pressão, nem sob chantagem, nem é assim que se governa um país, nem se pode governar o Ministério da Administração Interna (MAI). […] O direito à manifestação é um direito democrático que deve ser respeitado na sua plenitude, mas não pode ser naturalmente pela pressão da manifestação que nós poderemos dar mais ou menos. O trabalho que estamos a fazer é um trabalho sério, é um diálogo rigoroso, construtivo”, disse o ministro da Administração Interna.