O número de acidentes nas estradas portuguesas diminuiu nos primeiros três meses do ano relativamente ao período homólogo do ano passado, com um total de 31.173 desastres, mas registaram-se mais vítimas mortais, segundo dados provisórios oficiais.
Questionado pelos jornalistas à margem de uma ação numa escola da Amadora sobre prevenção rodoviária, Eduardo Cabrita lembrou que há 20 anos morriam mais de duas mil pessoas por ano e há dez anos ainda morriam mais de mil, enquanto atualmente se está "num patamar mais exigente, abaixo dos 500 mortos por ano".
"Os dados dos três meses são animadores na redução de feridos, mas exigem um esforço ainda maior de consciência coletiva e de fiscalização", referiu.
No primeiro trimestre do ano, 116 pessoas morreram nas estradas portuguesas, mais quatro relativamente ao mesmo período do ano passado (112).
"A aposta é o envolvimento de toda a comunidade, desde a mais tenra infância", indicou, apontando o programa piloto que funciona em 25 escolas do país, como a EB1/Jardim de Infância/Creche Aprígio Gomes, cujos alunos representaram hoje para Eduardo Cabrita e o seu colega da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, uma peça de teatro, entre outras atividades para mostrar que aprendem lições essenciais sobre segurança.
Tiago Brandão Rodrigues afirmou aos jornalistas que está provado que em questões como a leitura ou a reciclagem "é através da escola que as famílias são positivamente contaminadas".
Na escola, os alunos têm atividades em que participa a PSP, que entra na escola com uma mascote fardada e começa a ensinar o básico da segurança na estrada a crianças do jardim de infância.
"É um trabalho sem fim", disse.
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