Com este resultado, Maia Sandu deverá ser reeleita como presidente da Moldova.

Apesar de Maia Sandu ter conseguido mais votos do que Stoianoglo na primeira volta do escrutínio presidencial, realizada no dia 20, a margem foi pequena, o que indica que os seus ideais podiam não estar a convencer uma parte considerável do eleitorado.

A atual chefe de Estado e os seus apoiantes alegam que Stoianoglo é suportado por poderosas figuras pró-Rússia, incluindo o antigo Presidente Igor Dodon e o oligarca Ilan Shor, que alegadamente criou uma rede de manipulação eleitoral na pequena república com a ajuda de Moscovo.

Por seu lado, Stoianoglo apresentou-se sempre como um moderado, tentando distanciar-se das acusações de lealdade à Rússia, mas as suas críticas às sanções que a UE impôs contra Moscovo e a recusa em participar no processo de integração no bloco dos 27 sinalizam um alinhamento próximo ao Kremlin (presidência russa).

No discurso de vitória, Maia Sandu estabeleceu como objetivo preparar as eleições legislativas do próximo ano e "preservar a democracia" no país.

Na primeira volta das eleições, em 20 de outubro, a atual presidente liderou com 42% dos votos, mas não obteve a maioria, ao passo que Stoianoglu recolheu apenas 26% das preferências dos moldavos.

Um referendo realizado em outubro viu também proposta de adesão à UE ser aprovada por uma estreita maioria de 50,3%.

No referendo estava em causa a inclusão do objetivo de adesão à UE na Constituição. Depois de contados 100% dos boletins de voto, o “sim” ganhou com 50,46% dos votos.

A vitória foi alcançada por uma curta margem e grande parte foi conseguida através da diáspora moldava, o que mostra que dentro do território o caminho escolhido pode não ser em direção ao Ocidente.

Von der Leyen já deu os parabéns a Sandu

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi una das primeiras líderes dar os parabéns a Maia Sandu. Na rede social X, a dirigente elogiou a Presidente pela “força” demonstrada a “ultrapassar os desafios nesta eleição”, referindo-se às tentativas de interferência de por parte da Rússia nas eleições. “Estou satisfeita por trabalhar consigo rumo a um futuro europeu para a Moldova e para o seu povo”.

Recorde-se que a Moldova candidatou-se à adesão à UE em março de 2022, tendo-lhe sido concedido o estatuto de país candidato em junho do mesmo ano. Em dezembro de 2023, os dirigentes da UE decidiram iniciar as negociações de adesão.