A organização não governamental que anualmente monitoriza a morte de jornalistas no exercício da profissão esclareceu que mais da metade dos profissionais mortos com covid-19 eram latino-americanos (668), enquanto na Ásia ocorreram 281 mortes, na Europa 175, em África 56 e na América do Norte 47.

“É uma tragédia sem precedentes e uma grande perda para a profissão”, disse o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen, num comunicado.

A PEC concluiu ainda que o número real de profissionais falecidos por causa da pandemia pode ter sido ainda maior, já que muitos casos não foram diagnosticados ou não foram tornados públicos, sublinhando que muitos repórteres estiveram especialmente expostos ao novo coronavírus, na realização das suas tarefas.

Por países, a maioria das mortes de jornalistas com covid-19 foi registada no Brasil (187), seguido pelo Peru (140), Índia (130) e México (109).

A PEC destacou o caso da Índia, que vive uma forte vaga de novos casos de contaminação e onde apenas nas últimas duas semanas foi relatada a morte de pelo menos 50 jornalistas com covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.203.937 mortos no mundo, resultantes de mais de 152,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.