Os dados constam do Anuário de Terrorismo ‘Jihadista’ de 2018, realizado pelo Observatório Internacional de Estudos sobre Terrorismo, impulsionado pelo Coletivo de Vítimas de Terrorismo do País Basco, que foi hoje apresentado em Madrid.
Os grupos ‘talibãs’ foram os mais letais, com 2.493 mortos, à frente da organização terrorista Estado Islâmico, que provocou 1.745 mortos, e o Boko Haram, que vitimou mortalmente 1.225 pessoas, sendo o Afeganistão o país com maior número de atentados, 427, e de vítimas, 3.589.
O anuário concluiu que, apesar de o número de atentados ter subido 7 por cento relativamente a 2017, o número de mortos diminuiu 23 por cento.
O ataque mais mortífero vitimou mortalmente 149 pessoas e foi perpetrado no Paquistão, o que é explicado, segundo os analistas, pelo “crescente interesse” do autoproclamado Estado Islâmico pelo centro, sul e sudeste da Ásia.
A Europa foi cenário de seis atentados, que fizeram 13 mortos, o que compara com as 15 ações, que provocaram 16 mortos no ano anterior.
Os atentados em território europeu foram cometidos por indivíduos “por conta própria”, com meios pouco sofisticados e escasso planeamento.
Quanto ao ‘modus operandi’ e aos objetivos dos ataques, o anuário distingue entre os atentados perpetrados por grupos talibãs e os cometidos pelo Estado Islâmico.
Os atentados de grupos talibãs tiveram como objetivo assassinar as forças de segurança (71%), e realizaram-se através de emboscadas, enquanto o artefacto explosivo foi o escolhido em seis em cada dez ações do Estado Islâmico.
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