“Apesar de todos os ataques e intimidações contra as greves, já tínhamos hoje uma lista de mais de 115 escolas de norte a sul do país totalmente encerradas e também largas centenas de escolas que estão a meio gás”, disse o coordenador do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), André Pestana, que falava aos jornalistas em Coimbra, junto à Escola Martim de Freitas.
O Stop convocou para esta semana, entre segunda-feira e hoje, uma greve de pessoal docente e não docente, que coincide também com uma greve às avaliações finais de todos os ciclos (com serviços mínimos decretados para o 12.º ano)
André Pestana vincou que a greve “abrangeu todos os profissionais de educação”, optando por dar “particular atenção aos assistentes operacionais”, que aderiram em grande número a esta luta.
“Os assistentes operacionais são um setor nevrálgico do trabalho de uma escola pública e estão exaustos”, notou o coordenador do Stop, defendendo aumentos significativos do salário dos assistentes operacionais e criação de uma carreira específica para os auxiliares de ação educativa.
Para André Pestana, a greve “não é uma luta corporativa”, mas “uma luta a favor da escola pública”.
O coordenador do Stop voltou a contestar os serviços mínimos decretados, que hoje abrangem apenas o 12.º ano, mas que considera serem “abusivos”.
Segundo o dirigente sindical, as reuniões com o Governo têm sido “simulacros de negociação”, acusando o executivo de ser “intransigente” e de continuar “a não valorizar a escola pública e a prejudicar as crianças e jovens”.
“Não admitimos que a escola pública se transforme num depósito de crianças, que passam rápida e superficialmente pela escola para depois terem um emprego precário para o resto da vida”, disse.
André Pestana realçou que “as greves estão garantidas até ao final do mês, relativamente a todas provas de aferição e a todos os procedimentos relativos às avaliações finais”.
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