Durante a última noite, em várias cidades, milhares de pessoas participaram nas manifestações do “Dia da Resistência” contra o polémico programa de reformas na Justiça registando-se cortes de estradas, marchas e uma concentração em frente do aeroporto Ben Gurion, Telavive.

As principais manifestações noturnas decorreram em Haifa, Bersheeva e Jerusalém sendo que o protesto mais participado se concentrou no centro de Telavive onde milhares de manifestantes tentaram cortar a circulação de uma autoestrada que cruza a cidade.

Em Telavive, a polícia usou meios de força contra os manifestantes, incluindo canhões de água.

Durante as últimas 24 horas, as autoridades detiveram mais de 120 pessoas acusadas de “violação da ordem pública”.

Os grupos contra a reforma apelaram a ações de desobediência civil.

Os manifestantes acusam o executivo de pretender acabar com a separação de poderes, retirada de competência ao aparelho judicial assim como limitar as funções do Tribunal Supremo receando que Israel se transforme num Estado “autocrata”.

O Governo de coligação liderado por Benjamin Netanyahu insiste nas reformas mas os movimentos de contestação mantêm os protestos.

Os militares na reserva juntaram-se aos manifestante e alertaram que vão se vão recusar a desempenhar funções no Exército caso a reforma venha a ser aprovada.

Perante a ameaça dos reservistas, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, alertou na terça-feira que a “ameaça prejudica a segurança de Israel”.

“Apelo às figuras públicas de direita e de esquerda para deixarem a política fora do Exército”, disse Gallant.