Os disparos, a partir de vários locais da Faixa de Gaza, começaram antes das 06:30 horas locais (04:30 em Portugal) e continuaram durante quase meia hora. Em Israel, sirenes de alerta soaram em várias cidades. Os lançamentos ocorreram após semanas de tensões ao longo da fronteira de Israel com Gaza e de pesados combates na Cisjordânia ocupada por Israel.

A ofensiva foi reivindicada pelo próprio líder do braço armado do Hamas, Mohammed Deif, que afirmou que o grupo lançou uma nova operação militar contra Israel. Numa rara declaração pública, Mohammed Deif disse que 5.000 foguetes foram disparados contra Israel durante a madrugada, para dar início à "Operação Tempestade Al-Aqsa".

Entretanto, o primeiro-ministro israelita já declarou hoje que Israel está "em guerra" com o Hamas, na sua primeira intervenção pública após o ataque.

“Cidadãos de Israel, estamos em guerra. Não numa operação, não são rondas de combates, é uma guerra”, disse Benjamin Netanyahu, num vídeo difundido nas suas redes sociais. “Estamos em guerra e vamos vencê-la”, sublinhou.

Logo no início da manhã, o ministro da Defesa de Israel instituiu a lei marcial num raio de 80 quilómetros da Faixa de Gaza, incluindo Tel Aviv e Beersheba. Citado pela agência Reuters, Yoav Gallant vincou que "o Hamas cometeu um grande erro" ao lançar uma nova operação militar contra o país.

Internacionalmente, Reino Unido, União Europeia, Ucrânia e os Estados Unidos da América já condenaram o ataque. Turquia e Rússia também reagiram, com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a apelar aos israelitas e palestinianos para "agirem razoavelmente", enquanto Moscovo pediu “contenção” após os ataques, pela voz do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, citado pela agência Interfax.

Num último balanço, pelo menos 160 mortos e mais de mil feridos são os números das autoridades de saúde palestinianas. Segundo o lado israelita, há 40 mortes e 740 feridos.