O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) indicou que 1.735.068 pessoas já deixaram a Ucrânia, de acordo com os dados disponibilizados no seu portal oficial às 11:00.
São mais 200.000 pessoas em relação aos números divulgados no domingo pela agência da ONU.
A Polónia abriga o maior número de refugiados desde o início da invasão russa à Ucrânia. No total, 1.027.603 ucranianos foram acolhidos no país, o que representa 59,2% do total, segundo o ACNUR.
No domingo, foi registado um novo recorde de chegadas, com 142.300 pessoas a atravessar a fronteira com a Polónia.
A Hungria está a acolher 180.163 pessoas (10,4% do total), segundo o ACNUR. O país, que tem cinco postos de fronteira com a Ucrânia e várias cidades fronteiriças, como Záhony, converteu edifícios públicos em centros de ajuda, onde civis húngaros estão a oferecer comida ou assistência.
A Eslováquia contabilizou 128.169 pessoas que fugiram da Ucrânia, ou 7,4% do total, e 14.000 a mais em relação ao último balanço.
Após a chegada à Moldova, um pequeno país de 2,6 milhões de habitantes e um dos mais pobres da Europa, alguns dos refugiados continuam a sua jornada para a Roménia ou Hungria, muitas vezes para encontrar familiares.
De acordo com a contagem do ACNUR, 82.762 refugiados ucranianos foram registados no país, o que representa 4,8% do total.
Na Roménia, o ACNUR registou 78.977 refugiados ucranianos, 4,6% do total. Dois campos para refugiados foram montados, um em Sighetu Marmatiei e outro em Siret.
O ACNUR especificou ainda que 183.688 pessoas (10,6% do total) continuaram a sua viagem, uma vez atravessada a fronteira ucraniana, com destino a outros países europeus.
A polícia federal alemã declarou hoje que já chegaram ao país 50.294 pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia, embora não haja registo sistemático de recém-chegados, segundo o Governo alemão.
O número de pessoas que procura refúgio na Rússia não foi atualizado desde 03 de março, sendo cerca de 53.300, ou 3,1% do número total.
O ACNUR também registou que entre 18 e 23 de fevereiro, 96.000 pessoas cruzaram os territórios separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk para a Rússia.
As autoridades ucranianas e a ONU esperam que o fluxo de refugiados se intensifique, principalmente no caso de abertura de corredores humanitários que, teoricamente, deveriam permitir a saída de civis cercados em grandes cidades.
Segundo a ONU, quatro milhões de pessoas poderão deixar o país para escapar da guerra.
Antes deste conflito, a Ucrânia era povoada por mais de 37 milhões de pessoas nos territórios controlados por Kiev – o que, portanto, não inclui a Crimeia, anexada pela Rússia, ou as áreas sob controlo separatista.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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