“As atividades lúdicas e didáticas proporcionadas pelas equipas da UNRWA (Agência da ONU para os Refugiados da Palestina) são essenciais para preparar as crianças para o regresso à escola e restaurar o seu direito à educação”, sublinhou a agência na sua conta da rede social X (antigo Twitter).
O Ministério da Educação palestiniano de Gaza, onde o Hamas está desde 2007 no poder, viu-se forçado a suspender o ano letivo a 06 de novembro do ano passado, por causa da intensidade dos bombardeamentos israelitas, e alertou para o facto de mais de 6.400 alunos e mais de 100 professores terem sido mortos desde o início da invasão israelita, a 07 de outubro.
As autoridades de Gaza denunciam que as escolas e universidades continuam a ser alvos dos bombardeamentos israelitas.
Desde o início da ofensiva, pelo menos 110 estabelecimentos de ensino foram totalmente destruídos e mais de 300 sofreram danos parciais, segundo dados de 17 de junho do gabinete de imprensa do Governo do Hamas na Faixa de Gaza.
A UNRWA lamentou também que Israel tenha já bombardeado 69% das escolas, que foram transformadas em abrigos para os habitantes de Gaza que perderam as suas casas devido aos bombardeamentos.
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.
Classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 120 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.
A guerra, que hoje entrou no 266.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 37.765 mortos e 86.429 feridos, além de cerca de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais.
O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas - “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
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