Tratam-se das quartas eleições em Angola, as segundas nos moldes atuais, com eleição direta do parlamento e indireta do Presidente da República, que será o cabeça-de-lista do partido mais votado, com a abertura das urnas em todo o país prevista para depois das 07:00, prolongando-se até às 18:00.

Os principais candidatos votam em Luanda, durante a manhã, o mesmo acontecendo com José Eduardo dos Santos, que pela última vez vota ainda nas funções de Presidente da República.

De acordo com dados do Ministério do Interior, estas eleições serão vigiadas por mais de 100.000 agentes de segurança, tendo sido decretado tolerância de ponto em todo o país.

Até ao dia de terça-feira estavam acreditados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) um total de 1.440 observadores, entre nacionais e internacionais.

A estas eleições concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com João Lourenço como cabeça-de-lista, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), repetindo Isaías Samakuva como candidato, o mesmo acontecendo com a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), em que Abel Chivukuvuku volta a liderar a lista, tal como em 2012.

Já o Partido de Renovação Social (PRS) vai a votos com o novo líder, Benedito Daniel, escolhido em maio, enquanto pela Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) concorre Lucas Ngonda como cabeça-de-lista.

A Aliança Patriótica Nacional (APN) estreia-se nesta votação, com a lista liderada pelo antigo deputado Quintino Moreira.

A CNE constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições gerais de 2012.

O MPLA foi proclamado vencedor nas eleições de 2012, com 71,8% dos votos e 175 deputados, seguido da UNITA, com 18,7% e 32 deputados, da CASA-CE, com 6% e oito deputados, e do PRS, com 1,7% e três deputados, enquanto a FNLA não foi além de 1,1% e dois deputados.

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