A União Internacional das Telecomunicações (UIT) informa que 3,9 mil milhões de pessoas não têm acesso à Internet e que o problema é maior entre “as mulheres, os idosos, os menos instruídos, com menor rendimento e (as populações) rurais”.

Um dos problemas é o custo do acesso fixo à banda larga, que desceu globalmente na última década, mas que se mantém “claramente demasiado caro” em muitos dos países mais pobres do mundo, refere a UIT.

Nos países mais pobres um pacote mensal de ligação à banda larga com apenas um gigabyte de dados — mais ou menos o necessário para descarregar um filme — ainda custa mais de metade de um salário médio anual.

Neste contexto, o acesso móvel à Internet poderia ser uma solução, segundo a UIT, que observa que as redes móveis de banda larga tecnicamente cobrem 84% da população mundial.

Mas para muitos é o custo do aparelho que continua a ser a maior barreira económica ao acesso à Internet móvel, assinala a agência da ONU.

“Em 2016, as pessoas já não vão à Internet, estão na Internet (…) No entanto, muitos ainda não a usam e muitos utilizadores não beneficiam de todo o seu potencial”, considera a UIT.

Para aumentar o acesso digital globalmente, a agência da ONU refere precisar de melhores dados sobre quem está a ser excluído do mundo das tecnologias de informação.