Estes civis dos municípios de Istmina, Medio San Juan, Sipi e Novita estão “confinados indefinidamente” pelos rebeldes e têm os seus movimentos, atividades diárias, acesso a alimentos e serviços de saúde restringidos, de acordo com um comunicado, divulgado na sexta-feira.

O ELN impôs na quarta-feira uma proibição de circulação e trabalho na zona onde “o jovem Santiago Cáceres” foi assassinado na segunda-feira por “paramilitares com conhecimento das autoridades”, afirmou a última guerrilha ativa no país desde a desmobilização das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), na sequência do acordo de paz em 2016.

“As comunidades de origem africana e indígena que vivem nesta sub-região do Medio San Juan têm sido confrontadas com sucessivos confinamentos e deslocações maciças” nesta área, onde “grupos ilegais” estão ativos, acrescentou o Defensor do Povo, Carlos Camargo.

A “greve armada” foi criticada pela oposição e pelo Governo colombiano, que concluiu uma primeira ronda de conversações de paz com os guerrilheiros, em Caracas, no início desta semana, estabelecendo um acordo para a libertação de reféns ou ações humanitárias, mas sem referência a um cessar-fogo.

As conversações foram retomadas em novembro, com base no processo de paz deixado em suspenso pelo governo de Ivan Duque (2018-2022), e deverão continuar, numa segunda sessão, no próximo ano, no México.

As autoridades estimam que o ELN tenha cerca de 2.500 membros, sobretudo presentes na região do Pacífico e na fronteira de 2.200 quilómetros de comprimento com a Venezuela.

Os últimos cinco Presidentes da Colômbia não conseguiram chegar a um acordo com o movimento.

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