Na sexta-feira, Paulo Rangel deu a conhecer as linhas gerais do manifesto ao Conselho Nacional do PSD, que aprovou o documento, e, aos jornalistas, destacou como uma das medidas “emblemáticas” um programa europeu para a criação do primeiro emprego de jovens até aos 35 anos.
O documento “Mais Portugal, Melhor Europa”, de 30 páginas, prevê como “primeiro pilar” das propostas do PSD para a juventude a criação – inspirada no Eures, Portal Europeu da Mobilidade Profissional – de “uma espécie de programa Erasmus para o primeiro emprego até aos 35 anos fora do seu país, que possa abranger centenas de milhares ou milhões de jovens”.
Paulo Rangel salientou ainda “a triplicação do Erasmus +, através da constituição de um Corpo Europeu de solidariedade, que permitirá financiar a uma escala maciça, projetos de voluntariado de seis meses a um ano, seja em território da União Europeia, seja de países terceiros”.
Outra proposta, numa parceria com o Partido Popular Europeu, passa pela atribuição, a todos os jovens que completem 18 anos, de um bilhete InterRail dentro do território da União Europeia”.
Questionado na sexta-feira se aquele pacote de medidas para a juventude será um apelo ao voto dos jovens nas eleições europeias, Rangel respondeu: “Não há dúvida nenhuma de que estamos orientados para o eleitorado jovem. Nós contamos, claramente, com uma resposta daqueles que, nas eleições europeias, são o grupo mais abstencionista e que, por outro lado, são aqueles que podem construir o futuro”.
Como principais “orientações” do manifesto eleitoral do PSD apontou a reforma da zona euro, o ambiente e alterações climáticas e a segurança.
Em entrevista à Lusa, no final de março, Paulo Rangel já tinha anunciado a construção de “uma política de natalidade comum” como uma das prioridades do manifesto do partido, salientando que este é um problema de todos os países europeus, embora seja “mais severo” em países como Portugal e Alemanha.
Por outro lado, numa bandeira coordenada em conjunto com o Partido Popular Europeu, o PSD quer que “em cinco anos a Europa tome uma dianteira tal na investigação e na cura do cancro que se torne uma potência global nesta matéria”.
Outra prioridade apontada por Paulo Rangel na entrevista à Lusa foi a passagem do atual mecanismo europeu de proteção civil para “uma força europeia de proteção civil”, uma ideia que o grupo parlamentar europeu do PSD tem vindo a desenvolver desde os incêndios de Pedrógão, em junho de 2017.
Segundo Rangel, esta força serviria para atacar vários tipos de calamidade, sugerindo que as estruturas específicas de combate aos fogos poderiam ficar, pelo menos parcialmente, sedeadas em Portugal.
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