Hoje de manhã, em águas internacionais foram resgatados 60 cidadãos, incluindo uma criança de nove anos, da Palestina, Sudão do Sul, Mali, Síria, Burkina Faso, Costa do Marfim, Eritreia, Egito, República Centro africana, Etiópia, Líbia, Bangladesh e Guiné.

Laura Lanuza, porta-voz da ONG, explicou que uma das embarcações envolvida no resgate contactou os centros de coordenação de salvamento de Itália e de Malta, que recusaram o desembarque, pelo que se manteve o contacto com Espanha para que seja indicado um porto seguro.

A aguardar indicações, a embarcação espanhola, a Open Arms, rumou para o norte do Mediterrâneo, acrescentou a mesma fonte.

Recentemente a Itália tinha já recusado receber os navios Aquarius e Lifeline, que transportavam migrantes.

Na rede social Facebook, o ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, do partido de extrema-direita Liga, já fez saber que as embarcações da Proactiva "podem esquecer chegar a um porto italiano”, depois de criticar a ONG de se intrometer numa operação que deveria ter sido liderada por autoridades líbias.
O ministro tem acusado as organizações de fomentar a imigração ilegal e enriquecer as máfias do falido Estado da Líbia e como solução já argumentou que “quanto menos pessoas partirem, menos pessoas morrem”.

Malta também fechou os seus portos à ONG, depois de ter permitido o acesso ao barco da organização alemã Lifeline, que transportava 233 migrantes e que esteve seis dias sem conseguir atracar, após a recusa da Itália. Portugal foi um dos países que ofereceu ajuda neste caso.

Apesar do número de migrantes que têm chegado à Europa ser bastante menor do que o registado em 2017, a migração tem dividido politicamente os líderes da União Europeia, sobretudo face a posições expressas pelos partidos nacionalistas.

Nas águas do Mediterrâneo foram hoje intercetados outros 270 migrantes pelas patrulhas líbias, numa embarcação que tinha saído das praias da Líbia, segundo o porta-voz da Guarda Costeira local, Ayub Qasem.

O mesmo oficial indicou que a embarcação foi detetada a cerca de 15 milhas da costa da cidade de de Al Hamis, a leste de Tripoli, e que entre os passageiros, a maioria de países subsariana e da Ásia, estavam 80 mulheres e 11 crianças.

Esta semana, as patrulhas líbias intercetaram cerca de 1.200 migrantes frente à costa oeste do país.

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