"Num primeiro momento, está prevista a construção de 8,5 quilómetros (de barreira) este ano", declarou Yunus Sezer, presidente distrital de Edirne, na Turquia, que faz fronteira com a Grécia e a Bulgária, países membros da UE.

Associações que disponibilizam apoio a migrantes:

JRS Portugal — O gabinete jurídico "tem como objetivo assessorar juridicamente os utentes no seu processo de regularização, bem como emitir pareceres e orientações técnicas internas em matérias de Lei de Estrangeiros, Lei de Asilo e legislação acessória". Saiba mais aqui.

Renovar a Mouraria — Centrada na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, esta associação ajuda com os processos de regularização de quem "vive, trabalha, estuda ou tem filhos que estudam" naquela zona. Conheça o projeto aqui.

Lisbon Project — Este projeto tem como objetivo "construir uma comunidade que integra e capacita migrantes e refugiados". Nesse sentido, tem também disponível um gabinete de apoio jurídico. Fique a par de tudo aqui.

Mundo Feliz — Esta associação ajuda os imigrantes no processo de regularização em Portugal e também na procura de emprego, entre outros serviços. Saiba mais aqui.

Linha de Apoio ao Migrante — Esta linha "tem como principal objetivo responder de forma imediata às questões mais frequentes dos migrantes, disponibilizando telefonicamente toda a informação disponível na área das migrações e encaminhando as chamadas para os serviços competentes". Contactos: 808 257 257 / 218 106 191. Mais informações aqui.

O dirigente acrescentou que, de seguida, o muro será prolongado ao longo da fronteira terrestre entre a Turquia e a Grécia, que tem cerca de 200 km e acompanha quase na totalidade o rio Evros, que os turcos chamam de Meriç.

Em 2016, a UE e a Turquia assinaram um acordo para que o país mantivesse no seu território os refugiados sírios - as estimativas apontam que o número atualmente é de 2,9 milhões de pessoas.

O acordo, assinado após a chegada de mais de um milhão de refugiados à UE em 2015, incluía como contrapartida dois pagamentos de 3 bilhões de euros (mais de 3,2 bilhões de dólares na taxa de câmbio atual) para a Turquia.

As ONGs criticaram o pacto, que entenderam como uma manobra do bloco para terceirizar a gestão migratória.

Em fevereiro e março de 2020, dezenas de milhares de migrantes chegaram à fronteira e tentaram entrar na Grécia, depois de o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ameaçar abrir as suas fronteiras com a UE.

Na altura, Atenas construiu uma barreira de aço de dezenas de quilómetros na fronteira com a Turquia.

O fluxo migratório entre a Turquia e a Grécia, no entanto, ocorre fundamentalmente pelo mar, devido à proximidade das ilhas gregas do leste do Egeu das costas turcas.

Seis migrantes morreram no final de fevereiro em águas turcas quando tentavam chegar à ilha grega de Samos num bote insuflável.

A Turquia, por sua vez, construiu nos últimos anos muros com uma extensão de 1.000 km ao longo das fronteiras com o Irão e a Síria, para impedir as entradas irregulares.