Segundo constatou um jornalista da agência francesa AFP no local, cerca de 30 pessoas marchavam com bandeiras arco-íris e cartazes exigindo o fim da “transfobia”, quando militantes de extrema-direita lançaram bombas de gás lacrimogéneo contra o cortejo.

Duas mulheres agredidas tiveram de ser assistidas no local por socorristas e a polícia teve de escoltar os manifestantes até uma estação de metro, à qual bloqueou depois o acesso, para evitar confrontos.

Um jornalista canadiano que cobria a marcha escreveu, na rede social Twitter, que foi atingido no rosto por militantes radicais.

“Os acontecimentos de hoje mostraram que o nível de agressão e violência da extrema-direita está a escalar na Ucrânia”, denunciaram os organizadores da marcha, na sua página na rede social Facebook.

A homofobia ainda está muito presente na Ucrânia, mas, nos últimos anos, as autoridades ucranianas têm tolerado marchas como esta, para agradar à União Europeia e vincar a diferença em relação à atitude da vizinha Rússia.

Em junho, a polícia prendeu, em Kiev, mais de 50 manifestantes de extrema-direita que tentavam, à força, impedir a realização de uma marcha do orgulho gay que, sob forte escolta policial, juntou cerca de cinco mil pessoas.