Manuel Pinho chegou às 10:32, meia hora depois do previsto, ao DCIAP para ser interrogado, acompanhado pelo seu advogado, Ricardo Sá Fernandes.
Pelas 11:16, o ex-ministro saiu das instalações do DCIAP, sozinho, tendo feito apenas a seguinte declaração: “Eu sei o que queria dizer, mas não vou dizer. O Sá Fernandes depois explica-vos”.
Na segunda-feira, em declarações à Lusa, Ricardo Sá Fernandes disse que este interrogatório foi marcado “de supetão” e que se ia encontrar nesse dia com o seu cliente, acabado de chegar do estrangeiro.
Hoje, às 15:00, está agendada uma audição parlamentar com Manuel Pinho, na sequência de um requerimento do PSD, votado favoravelmente em 02 de maio.
Em maio, em comunicado, o advogado de Manuel Pinho, Ricardo Sá Fernandes, revelou que o ex-ministro, que deixou de ser arguido no caso EDP, estaria disposto a prestar “todos os esclarecimentos” aos deputados, mas só depois de ser interrogado pelo Ministério Público.
Em 19 de abril, o jornal ‘online’ Observador noticiou as suspeitas de Manuel Pinho ter recebido, de uma empresa do Grupo Espírito Santo (GES), entre 2006 e 2012, cerca de um milhão de euros.
Os pagamentos, de acordo com o jornal, terão sido realizados a "uma nova sociedade 'offshore' descoberta a Manuel Pinho, chamada Tartaruga Foundation, com sede no Panamá, por parte da Espírito Santo (ES) Enterprises — também ela uma empresa 'offshore' sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas e que costuma ser designada como o ‘saco azul’ do Grupo Espírito Santo".
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