“Queríamos [Portugal], juntamente com o Quénia, fazer desta conferência, numa altura de pandemia e de guerra, um sinal de paz. Paz com a natureza e paz entre as pessoas”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa, no encerramento da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em Lisboa, que começou na segunda-feira e terminou hoje com a assinatura da Declaração de Lisboa.

A assinatura do compromisso dos Estados-membros da ONU com a proteção dos oceanos é, na ótica do Presidente da República, uma vitória do multilateralismo face à “tentação do unilateralismo” que muitas vezes prevalece.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que o mundo vive um “tempo de mobilização e não de contemplação” e disse estar satisfeito com o que foi alcançado: “Achamos, do fundo dos nossos corações, que num momento tão difícil que se vive no mundo, conseguimos. As expectativas eram menores do que o resultado”.

“O simples facto de existir esta declaração é um sinal do espírito das Nações Unidas”, completou o chefe de Estado português, acrescentando que o mundo “quer mais”.

Perante as delegações reunidas no Pavilhão Atlântico, o Presidente da República instou os membros da ONU a trabalharem “com mais ação, mais juventude, mais paixão”.

“Como disse em Brecht [Bélgica], a vida vale a pena viver com paixão. A ação climática vale a pena com paixão. A luta pelos oceanos vale a pena com paixão”, argumentou.

E insistindo na “paixão”, Marcelo Rebelo de Sousa propôs alterar o mote da conferência para “os nossos oceanos, a nossa paixão, o nosso futuro, a nossa responsabilidade”.

Numa intervenção de menos de dez minutos, o Presidente da República também exortou os chefes de Estado e de Governo dos países presentes a incluírem os jovens nas decisões, recordando que contributos da juventude estão vertidos na Declaração de Lisboa.

“Recebemos tantas propostas das gerações mais jovens (…). No nosso futuro vamos ter de prestar ainda mais atenção a essas gerações. Sem elas vamos perder o futuro, vamos perder o presente”, completou.

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