“Os imigrantes são próximos nossos. Agora terminado este nosso encontro parto para Odemira. E vou a Odemira porque tinha prometido lá ir até ao fim do ano. Nós temos várias Odemiras no nosso país, todos os países infelizmente têm várias Odemiras, que têm aspetos positivos e aspetos complicados”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa, durante a cerimónia de apresentação da “Luz da Paz de Belém”, pelo Corpo Nacional de Escutas, em Lisboa.
Perante um grupo de escuteiros, o chefe de Estado disse que é necessário “ir a esses próximos, que vêm de não sei quantos países, falam não sei quantas línguas, têm não sei quantas culturas” e são “aqueles que mais necessitam”.
Já a pensar no ano que aí vem, Marcelo Rebelo de Sousa deixou uma advertência: “Estas crises batem fundo, a inflação não é só números.”
“A inflação significa um corte nos salários, um corte nos rendimentos, um empobrecimento. E quanto mais alta for, maior é esse empobrecimento. Esses que sofrem são uns próximos que têm de estar muito próximos do nosso pensamento e da nossa ação”, completou.
No último ano surgiram denúncias de imigrantes em Odemira, concelho no distrito de Beja, a viver em condições deploráveis e ‘acorrentados’ a redes de tráfico humano. Odemira tem uma das maiores comunidades de imigrantes do país, que, entre outras ocupações, trabalham na agricultura.
Odemira é o maior concelho do país em 2020 a população emigrante representava 40% do total.
Também houve denúncias de comportamentos abusivos por parte de elementos da GNR de Odemira contra imigrantes.
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