O Presidente falava aos jornalistas na roça Sundy, a cerca de oito quilómetros da capital da ilha são-tomense do Príncipe, Santo António, para fazer o balanço da sua visita de Estado de três dias a São Tomé e Príncipe.
"Não me querem perguntar especificamente um ponto da agenda? Esse posso confirmar, receberei para almoçar na segunda-feira", disse o Presidente.
Rui Rio já tinha sido recebido por Marcelo Rebelo de Sousa, na segunda-feira, e pelo primeiro-ministro, António Costa, na terça-feira.
No final de ambos os encontros, Rui Rio salientou a disponibilidade dos sociais-democratas para o diálogo com os restantes partidos e admitiu "uma nova fase" nas relações com o Governo.
Questionado sobre o entendimento político em Portugal, depois de na quarta-feira ter conseguido por os deputados de todos os partidos com assento parlamentar a cantar o "Grândola Vila Morena" na receção à comunidade portuguesa, Marcelo referiu que quando se olha para o país de fora "é que se vê como é grande a unidade nacional".
"Também se vê lá dentro, mas quando se vê de fora têm-se outro distanciamento, outra perspetiva, e vê-se o que é a unidade nacional", reforçou.
O Presidente acrescentou que essa unidade se traduz "na vivência da mesma política externa, na vivência da mesma fraternidade com São Tomé e Príncipe", mas também no que "é essencial para a unidade" de Portugal.
"Aquilo que nos une é de longe muito mais importante do que aquilo que nos divide e se eu digo isso quando estou em território físico nacional, [?] vendo à distância aí mais seguro fico de que aquilo que digo tem razão de ser", disse.
Para Marcelo, em política e em democracia há o acessório que, "por muito importante que pareça, "quando se tem distanciamento histórico e distanciamento geográfico, percebe-se que o acessório é acessório".
Marcelo Rebelo de Sousa termina hoje uma visita de Estado de três dia a São Tomé e Príncipe.
[Notícia atualizada às 15:06]
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