Marcelo Rebelo de Sousa falava à comunicação social, durante a festa de Natal da Re-food, movimento contra o desperdício alimentar, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Lisboa, iniciativa em que participou pela terceira vez e onde ouviu apelos para se recandidatar nas presidenciais de 2021.
Questionado sobre o ponto da situação do atual Plano de Ação 2019-2020 da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo 2017-2023, o chefe de Estado afirmou: "O que há de novo é que no Orçamento para o ano que vem há um salto de 15 vezes no que estava previsto de verbas para o plano dos sem-abrigo".
"E em termos de habitação em Lisboa há um compromisso da Câmara de até 2023 construir ou utilizar, pôr à disposição fogos que possam cobrir cerca de 400 famílias. Ora, isto se for replicado noutros municípios pode ser muitíssimo importante para fazer uma viragem", acrescentou.
O Presidente da República, que traçou como meta "deixar de haver sem-abrigo em Portugal em 2023", defendeu que atualmente "a habitação é fundamental" e alertou que este é "um problema que se pode agravar se, de repente, vier a crise económica".
Depois de um dia de audiências aos parceiros sociais, Marcelo Rebelo de Sousa jantou na festa de Natal da Re-food e fez um curto discurso a elogiar este projeto criado por Hunter Halder, de origem norte-americana, pedindo uma salva de palmas para todos os voluntários que ajudam a recolher e a distribuir comida que, de outra maneira, seria desperdiçada.
"Isto é Natal", exclamou.
"Todos os dias, todas as noites nós podemos fazer dias e noites de Natal. Basta olhar para uma criança, basta ajudar uma pessoa, basta ouvir o desabafo de uma pessoa triste, sofrida, só, abandonada. Basta olhar para famílias como lá ao fundo numa mesa, de oito crianças e jovens. Basta ver esses exemplos e trabalhar para as ajudar e os ajudar todos os dias. Que é uma maneira de nos ajudarmos a nós próprios", considerou.
À chegada, Marcelo Rebelo de Sousa foi de mesa em mesa cumprimentar e tirar fotografias com as pessoas que estavam a jantar. António, de 75 anos, abraçou-o e pediu-lhe para se recandidatar. "Ainda falta tanto tempo", foi a resposta do chefe de Estado.
Mais no final, enquanto acabava a refeição, Sueli, de 38 anos, abeirou-se dele também para o elogiar: "É o melhor Presidente que o nosso país já teve. O povo adora-o. É uma pessoa muito humilde, muito humana. O que eu estou a dizer é a realidade, não é filme".
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