O chefe de Estado falava aos jornalistas na Ericeira, no concelho de Mafra, distrito de Lisboa, onde hoje voltou a um contacto mais próximo com os cidadãos, primeiro no mercado municipal e depois na rua, com algumas 'selfies' e até um brinde com cerveja, embora de máscara e sem dar beijinhos nem abraços.
Questionado se se imagina a fazer campanha de máscara e sem poder contactar de perto com as pessoas, Marcelo Rebelo de Sousa começou por observar: "Primeiro, eu não sei ainda se serei candidato, decidirei oportunamente".
"Em segundo lugar, eu já tive há quatro anos uma campanha muito original, porque não tinha comícios", recordou, referindo que "achava então que uma campanha com comícios era uma campanha do sistema, de um candidato do sistema".
No seu entender, "é evidente" que na campanha para as presidenciais de 2021 haverá "uma parte de distanciamento social" devido à doença covid-19, até porque pode haver "um novo surto no outono/inverno", e nesse caso "a campanha tem de ser como são campanhas lá fora, naturalmente reservadas".
"Mas eu entendo que os portugueses neste momento têm grandes preocupações, e a última preocupação é saber como é que é a campanha eleitoral", acrescentou, considerando que isso está "assim em décimo lugar" na lista de preocupações.
Marcelo Rebelo de Sousa realçou que "antes disso ainda haverá eleições regionais nos Açores, só depois presidenciais e muito mais tarde autárquicas".
"Portanto, as campanhas são aquilo que for possível serem. Como é natural, há prioridades, há coisas mais importantes na vida dos portugueses do que propriamente estar a pensar em campanhas daqui a oito meses", reforçou.
Na quarta-feira, durante uma visita à Autoeuropa, o primeiro-ministro disse esperar regressar àquela fábrica com o atual Presidente da República já num segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, contando, portanto, com a sua recandidatura e reeleição.
"Nós vamos ultrapassar esta pandemia e os efeitos económicos e sociais este ano, no ano que vem, nos anos próximos. E eu cá estarei, e cá estaremos todos, porque isto é um espírito de equipa que se formou e que nada vai quebrar. Cá estaremos este ano e nos próximos anos a construir um Portugal melhor", afirmou, em seguida, Marcelo Rebelo de Sousa.
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