“É importante que haja a divulgação de todos os resultados oficiais das eleições, para a comunidade internacional poder reagir em conformidade”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa considerando ser “insensato” mais declarações sobre o resultado das eleições nesta altura.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou hoje oficialmente como Presidente Nicolás Maduro, após ter anunciado no domingo à noite que o líder chavista, no poder desde 2013, venceu as eleições, resultado rejeitado pela oposição.

Portugal “tem uma grande comunidade lá [Venezuela] e gostava que fosse possível chegar à conclusão de que, o que [vier] a ser comunicado como resultados oficiais é aceite pela generalidade dos Estados”, sublinhou.

“Além do mais, tenho um compromisso assumido que é o de, se for possível, o 10 de Junho do ano que vem ser vivido também na Venezuela e era mais fácil viver na Venezuela com uma situação que fosse consensualmente pacífica relativamente à situação política venezuelana”, reforçou.

O Presidente da República falava, em Alcácer do Sal, no final da cerimónia de abertura do Acampamento Nacional, que conta com 1.500 jovens raparigas de vários pontos do país, organizado pela Associação Guias de Portugal, que foi condecorada com a Ordem de Instrução Pública.

Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou para falar sobre a redução da dívida pública portuguesa, considerando tratar-se de “um sinal positivo” para o país.

“A divida pública portuguesa baixou em termos de níveis de juros de empréstimos a 2, 5 e dez anos, o que quer dizer que os mercados consideram que a situação económica e financeira portuguesa é estável, é positiva [e] isso é uma boa noticia porque, como sabem, os mercados financeiros são impiedosos”, afirmou.

Questionado sobre a aprovação das novas tabelas de retenção na fonte do IRS, o Presidente da República, mostrou-se “satisfeito quando há preocupação” do Governo em “executar as leis”.

As novas tabelas de retenção na fonte refletirão a redução de taxas do IRS, após a promulgação do diploma pelo Presidente da República, para entrar vigor em setembro e com retroativos.

Sobre o caso das gémeas luso- brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com o medicamento Zolgensma, Marcelo reiterou que “ainda esta semana” irá anunciar se vai responder à Comissão de Inquérito.

“O que digo é que ainda esta semana, amanhã ou depois de amanhã, quando tiver a oportunidade de acabar a redação da carta, terão conhecimento dela, depois do presidente da Assembleia da República”, concluiu.