"Portugal hoje é uma pátria que tem a grande mais valia de não conhecer tensões entre diferentes comunidades religiosas no seu seio e esta realidade em termos de coesão social é tão importante, tanto mais quanto se trata de uma realidade rara no mundo em que vivemos", afirmou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, numa intervenção na Catedral Lusitana de S. Paulo da Igreja Anglicana, em Lisboa.

Falando no final da oração da tarde, a que assistiu, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a "postura de abertura ao outro, de diálogo e de respeito pela diferença" da igreja lusitana, considerando que, nos dias que correm, isso "faz a diferença" e deve ser valorizado.

"Pensemos nos desafios específicos da sociedade portuguesa, no apoio e na integração da plataforma que tem vindo a acolher tantos refugiados, vindos de áreas de guerra de crise económica, social, política e cultural. Mas, pensemos também nos ventos que atravessam, que varrem o mundo, nos apelos que nos chegam todos os dias, perante os horrores da guerra, agora sobretudo em Alepo", acrescentou.

Pois, vincou, esses apelos com os "horrores da guerra e com a vergonha na incapacidade de construção da paz, são apelos que exigem a abertura à construção dessa paz, a disponibilidade para o diálogo ecuménico".