“Todos esperam que haja mais passos e passos mais rápidos, porque são pessoas que estão nesta situação há anos ou décadas”, afirmou o chefe de Estado, na sua intervenção durante o 3.º Encontro Nacional de Cuidadores Informais, realizado em Évora.

Marcelo reconheceu que a concretização dos apoios implica “um esforço complexo”, nomeadamente “em termos humanos e financeiros para o Estado”, apontando que a solução “passa por uma colaboração com outras entidades, como as autarquias locais”.

“Cada dia que passa em termos de atraso na aplicação do Estatuto do Cuidador Informal, é um dia a mais de espera, às vezes, espera angustiada desses cuidadores”, advertiu.

Para o chefe de Estado, que descreveu “elementos” como dados e medidas para os cuidadores informais, que disse ter recebido da Secretaria de Estado da Segurança Social, existem “sinais positivos”.

Na sua intervenção, o Presidente da República admitiu que gostava que “no próximo encontro”, dentro de um ano, já se possa dizer que o “projeto para 30 municípios se alargou ou vai alargando progressivamente a todo o território continental”, referindo-se ao Estatuto do Cuidador Informal.

Entre outras medidas, Marcelo disse esperar que, em 2022, sejam disponibilizadas verbas para o subsídio previsto para os cuidadores informais principais e “utilizadas o máximo possível” e que haja um aumento do “número de cuidadores reconhecidos”.

“Que a desburocratização converta os 8.000 em muito mais. Podemos discutir se são 150 mil, 125 mil ou 200 mil, mas são, certamente, mais do que oito mil ou 10 mil” cuidadores informais, acrescentou.

O 3.º Encontro Nacional de Cuidadores Informais, que decorreu no Palácio D. Manuel, em Évora, foi organizado pela Associação Nacional de Cuidadores Informais.