"As pessoas têm de perceber porque é que é fundamental que as coisas corram bem na Páscoa. É fundamental para elas. Eu sei que estão cansadíssimas, estão fartas, querem gozar a Páscoa, querem ir para férias. Tudo isso é compreensível. Mas tem de perceber o seguinte: na Europa os casos estão a subir e a situação em muitos países está a agravar", frisou o Chefe de Estado este sábado, no Palácio de Belém, onde recebeu durante a tarde a companhia de teatro Comédias do Minho.

"Não é o que acontece em Portugal, mas temos que evitar isso venha a acontecer. E a melhor maneira de o evitar é começar nesta semana da Páscoa não facilitando", completou Marcelo Rebelo de Sousa depois, enfatizando que esta não é altura para "morrer na praia" e voltar a correr o risco registar as métricas da pandemia que levaram ao confinamento do país.

"O facilitar é, de repente, um bocadinho o morrer na praia. Depois de todo um trabalho, um sacrifício, e quando está tudo a correr muito bem... se há outra vez o disparar do Rt, se há o disparar dos casos, se há o disparar dos internamentos nos cuidados intensivos, se há o disparar dos dados todos como acontece noutros países, é uma sensação de frustração enorme", reforçou.

O chefe de Estado, que na sua mensagem ao país na quinta-feira à noite tinha pedido sensatez, reforçou que um esforço durante a próxima semana "pode valer muito tempo ganho no verão, no outono, na vida das pessoas, no emprego, nos salários".

"Se as pessoas não percebem isso, porque estão muito fartas e cansadas, podem correr o risco de criar uma situação que é uma situação dispensável. Estamos ir tão bem, porque é que havemos de passar de tão bem para tão mal?", questionou.

O Presidente da República também afirmou hoje que ainda não se debruçou sobre os diplomas aprovados pelo parlamento de reforço dos apoios sociais, mas assegurou que tomará uma decisão entre domingo e segunda-feira.