“O Governo está perfeitamente atento e penso que há um consenso nacional para os próximos anos e já no Orçamento do Estado para o ano que vem, quanto a um reforço das medidas para o chamado interior – são vários interiores – e isso é positivo”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa.

Depois de três dias a percorrer concelhos afetados pelo incêndio de Pedrógão Grande, que ocorreu em junho de 2017, o Presidente da República fez um “balanço positivo”, mas voltou a notar que “há muita coisa por fazer”.

Após um último banho na praia fluvial de Ana de Aviz, em Figueiró dos Vinhos, Marcelo Rebelo de Sousa não evitou uma comparação entre o território afetado pelo grande incêndio de junho de 2017 e a zona atingida pelos incêndios de outubro, que visitou, também em férias, no início do mês.

“São duas áreas bastante diferentes. É mais vasta a primeira, tem condições de arranque e desenvolvimento, apesar de tudo, mais favoráveis do que esta. Tem mais indústria, mais comércio, agricultura ligada à indústria e núcleos populacionais mais densos”, constatou.

Face a essas características dos concelhos do norte da região Centro que visitou no início do mês e que foram afetados pelos fogos de 15 de outubro de 2017, o chefe de Estado encontrou aí uma “capacidade de recuperação e regeneração muito rápida”.

“Aqui [na zona afetada pelo fogo de Pedrógão Grande], encontrei o mesmo estado de espírito de luta e de construção de futuro, mas encontrei naturalmente aquilo que já sabia que ia encontrar, que são mais necessidades. Apesar de a área ser mais pequena – muito mais pequena -, tem mais carências, mais necessidades em termos do planeamento e reordenamento florestal e também no sentido de maior fixação de população e de mais atividade económica e mais atividade social”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou o fim dos três dias de visita para uma espécie de diagnóstico aos concelhos que visitou, estando eles em diferentes momentos de reconstrução.

Penela e Pampilhosa da Serra pareceram-lhe estar bem e “com dinâmica boa”, apesar de problemas a médio prazo “na reflorestação” e em Castanheira de Pera, acabou por ser surpreendido pelo complexo de ondas artificiais da Praia das Rocas.

“Foi surpreendente, para mim, na Praia das Rocas, o turismo que veio de fora, e como num local de tragédia, estavam lado a lado a memória do passado recente e um país inteiro a querer apoiar e a estar presente. Isso foi muito gratificante”, salientou.

Em Figueiró dos Vinhos, encontrou dinamismo e em Pedrógão Grande observou ainda as marcas do incêndio, mas também sinais de reconstrução, deixando novamente uma mensagem de apelo para que todas as alegadas irregularidades relativamente à reconstrução das casas de primeira habitação sejam apuradas, para que se mantenha firme a solidariedade dos portugueses em situações futuras.

No final da visita, Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de frisar que não se esqueceu de outros concelhos afetados pelos incêndios de 2017 que ainda não conseguiu visitar, mas que espera fazê-lo num futuro próximo, apontando para os casos de Mação e de Castelo de Paiva.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.